Preocupados com a insegurança na Baixada Fluminense, os prefeitos de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, as duas maiores cidades da região, buscam medidas para reduzir os índices de violência. Em Caxias, Alexandre Cardoso (PSB) anunciou o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante geral da Polícia Militar, como secretário de Políticas de Segurança. Ele terá o desafio de acabar com a máfia do roubo de água e promete instalar câmeras para monitorar a cidade 24 horas por dia.
Na Cidade de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PMDB) aproveitou a presença do governador Sérgio Cabral na cerimônia de inauguração da nova sede da 52ª DP (Centro), na terça-feira, para anunciar a doação de terreno para a construção de um Batalhão da PM. Cabral afirmou ser possível construir o novo batalhão, mas não disse quando. “É uma cidade que precisa ter uma unidade própria cuidando dela. O prefeito vai nos passar o terreno e vamos avaliar e fazer um estudo”, disse ele.
Hoje, o policiamento em Nova Iguaçu é feito pelo 20º BPM, que também atua em Mesquita, onde fica, e Nilópolis. Mesmo com apenas 650 PMs para cuidar de uma população com mais de um milhão de habitantes, o comandante, tenente-coronel Max Fernandes, diz acreditar que é possível intensificar a segurança em Nova Iguaçu.
Mas revela que o ideal seria um efetivo maior. “Quando mais homens, melhor. Nossa ideia é aumentar o efetivo na cidade e ter uma companhia mais fixada. Temos vias expressas”, explica.
Abismo entre Baixada e Rio
A PM tem seis batalhões na Baixada para proteger uma população de mais de 3,5 milhões de pessoas em 13 cidades. A média é de um PM para cada 1.750 pessoas. O número é desproporcional se comparado aos da Zona Sul do Rio de Janeiro.
O 19º BPM (Copacabana), por exemplo, abrange somente o bairro de Copacabana e Leme. São cerca de 160 mil moradores.
Já o 2º BPM cobre os bairros Botafogo, Catete, Cosme Velho, Bairro do Flamengo, Glória, Humaitá, Laranjeiras e Urca. Total de 240 mil habitantes. A PM não informou o efetivo dos batalhões citados acima.
Fonte: O Dia