Cypher Caxias, evento que reúne jovens dispostos a dançar, promove a cultura urbana na cidade

Na última sexta-feira de cada mês, quando a noite começa a cair, quem passa pela Praça do Pacificador, no Centro de Caxias, tem a oportunidade de conferir jovens dançando break e transmitindo um pouco da cultura urbana. É o Cypher Caxias, que reúne de 200 a 400 pessoas a cada evento, segundo o organizador Diego Fábio Santos.

— O evento acontece há dois anos e é um encontro da cultura urbana em Caxias. Dá visibilidade aos quatro elementos do hip hop, que são grafite, break, rap e DJ — explica.

Bruno X, da cidade de Nova Iguaçu, toca no local e destaca a importância da iniciativa na divulgação do trabalho de profissionais da região.

— É muito bom trazer a cultura da black music para cá, carecemos de iniciativas como esta — destaca.

O ritual é sagrado para Rafael Santos, de 18 anos. Ele marca presença em todos os eventos e exibe alguns de seus passos.

— Gosto muito de estar aqui com amigos, trocando conhecimentos com eles — afirma o estudante.

A próxima Cypher será no dia 30 de novembro. O evento é gratuito e acontece a partir das 19h.





Festa ultrapassa fronteiras

Organizador do evento, Diego Fábio Santos diz que a iniciativa ultrapassa fronteiras e não reúne apenas quem é da Baixada.

— O espaço é para todos. Hoje, a grande maioria é daqui, mas há pessoas até de outros estados — diz.

Exemplo disto é Júlio César Cavalcanti, que também faz parte da organização. Ele, que veio de Brasília, mora em Duque de Caxias há dois anos, e diz que foi bem acolhido na Baixada Fluminense.

— Já danço break há uns seis anos, em Brasília. Vim para cá para ser jurado de uma competição de dança e acabei ficando, me envolvendo com a cultura da região — explica.

— A competição só existe no momento da batalha entre os b-boys. Depois disso, não há rivalidade, compartilhamos o que aprendemos — explica Bizo.

Ainda que de maneira tímida, a figura feminina também marca presença no evento.

— Sempre que posso estou aqui para representar. Meninas também dançam break — diz Amanda Baroni, da Maré, no Rio.

Fonte: Jornal Extra





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