Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias

O Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias é um Ecomuseu de Percurso. O primeiro instituído na Baixada Fluminense. Foi criado, oficialmente, pelo Executivo Municipal em 03 de novembro de 2008, no âmbito da Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias, a partir da reivindicação dos Profissionais da Educação e dos militantes culturais caxienses.

Concebido a partir dos princípios da Nova Museologia, articula a defesa do patrimônio, a intervenção na realidade social, ambiental, econômica e cultural do território e o envolvimento das comunidades locais nessas questões, afirmando e confirmando, portanto, o sentimento de pertencimento e as ações dos sujeitos construtores do seu tempo.

Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias

Como um Ecomuseu, o Museu Vivo do São Bento é uma casa onde se guardam e se revelam muitas histórias, e como Museu de Percurso, é visitando o seu território e suas diferentes temporalidades que essas histórias são descobertas. A partir da existência de um sítio arqueológico de população sambaquiana, pode-se experimentar um pequeno olhar sobre a era pré-cabralina. Com a história de uma fazenda que inaugurou o projeto de colonização lusitana nas cercanias da Guanabara, transformando-se posteriormente em unidade produtiva do Mosteiro do São Bento, no Rio de Janeiro, visita-se o período escravista brasileiro. Conhecendo as ações realizadas pelas comissões de saneamento e as políticas ruralistas instituídas pelo Ministério da Agricultura, em particular a implantação do Núcleo Colonial São Bento, viaja-se até as décadas de 20 e 30, do século passado. E, com as ocupações mais recentes, vive-se, construindo e reconstruindo, o Tempo Presente.

Há mais de 20 anos o atual percurso do Museu Vivo do São Bento é visitado por alunos, professores, moradores, pesquisadores, brasileiros e estrangeiros, que, transitando pelas diferentes marcar deixadas pelos homens, realizam um esforço de leitura dos vestígios materiais e do próprio território, decifrando, interpretando e afirmando a importância desses lugares de memória como bens históricos e culturais, como patrimônio a ser preservado.

Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias Percurso

A visitação do museu segue o seguinte percurso:

  • Casa do Administrador: A chamada “Casa do administrador”, primeiro ponto de visitação do roteiro sugerido dentro do percurso do Museu Vivo do São Bento é um imóvel que como o nome sugere serviu de moradia para o administrador do Núcleo Colonial São Bento, projeto getulista de reassentamento agrícola getulista criado em 1932 e extinto em 1960. Construída ao longo dos anos 50, dispõe de ampla varanda aberta e cômodos espaçosos e arejados.
  • Complexo Casa de Vivenda da Fazenda São Bento do Iguaçu e Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor: Esse bela edificação, que se espraia pela rua principal do bairro São Bento, é um raro exemplar da arquitetura colonial voltada a produção do açúcar no Sudeste do Brasil e o único ainda em pé e relativamente completo, apesar de sua conservação ainda não ser a ideal, ao longo de todo o Recôncavo da Guanabara. Ao seu lado a belíssima Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens de Cor. Sua edificação ocorreu ao longo do século XVII, quando integrou a freguesia de Santo Antonio de Jacutinga como capela filial dessa matriz, em terras pertencentes aos municípios de Duque de Caxias e Belford Roxo, tornando-a um raro exemplar da arquitetura religiosa barroca na região e no estado do Rio de Janeiro.
  • Tulha Principal: A chamada “Tulha Principal” é uma ampla edificação situada diante da Fazenda São Bento que servia de local de armazenamento da produção dessa unidade produtiva. Ao longo da instalação do Núcleo Colonial São Bento foi reformada e ampliada ganhando suas feições arquitetônicas atuais. Atualmente abriga equipamentos da Secretaria de Obras do município de Duque de Caxias e avizinha-se de duas outras edificações menores que aguardavam as mesmas funções de armazenamento.
  • Farmácia: Farmácia de manipulação de quinina usada no combate as endemias que assolavam a região.
  • Telégrafo: Atualmente residência particular o imóvel abrigou ao longo dos anos 40 e 50 uma unidade de Telegrafia do governo Federal que servia ao Núcleo colonial em particular e ao município do Rio de Janeiro, nessa época capital do país, como um todo.
  • Sede Administrativa do Museu Vivo do São Bento: A edificação erguida ao londo da década de 40, serviu originalmente como espaço de trocas realizadas pelas cooperativas dos colonos do Núcleo Colonial São Bento. Na década de 50, foi transformada em escola para os filhos dos colonos recebendo o nome da esposa do administrador do Núcleo, Nísia Vilela Fernandes.
  • Casa do Colono: Vizinha a sede administrativa do Museu Vivo do São Bento, temos uma das casas remanescentes de um conjunto de 70 que foram construídas pelo Ministério da Agricultura, nos anos 40, para serem ocupadas pelas famílias dos colonos e funcionários do Núcleo Colonial São Bento. Essas residências formavam um conjunto padronizado, desprovidas de cercas, pintadas de branco e azul e dispunham cômodos, de dimensões modestas, divididos em uma pequena varanda frontal, sala, dois quartos e cozinha que tinha, originalmente, um fogão de lenha.
  • Esporte Clube São Bento: As edificações do atual Esporte Clube São Bento serviram, em tempos coloniais, como casa de Farinha da Fazenda São Bento do Iguaçu. Durante as obras de instalação do Núcleo Colonial São Bento, nas décadas de 30 e 40, serviu de abrigo aos trabalhadores construtores das demais instalações do Núcleo e seus primeiros colonos solteiros. Em 1948, suas instalações foram ampliadas e constituiu-se o Esporte Clube São Bento para servir de área de lazer da comunidade.
  • Sítio Arqueológico Sambaqui do São Bento: Trata-se de um sítio arqueológico de encosta formado por empilhamento de conchas de moluscos, carapaças de crustáceos, ossos de peixes, aves e pequenos mamíferos, que foi progressivamente coberto por solo e vegetação e que revela os aspectos da vida dos primeiros habitantes do litoral brasileiro, os chamados “Povos do Sambaquis”. A palavra sambaqui, na língua tupi, significa literalmente “montanha de conchas”.

Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias Exposições

Acesse o site e verifique quais as exposições estão acontecendo no Museu e não perca.





Museu Vivo do São Bento Duque de Caxias Programas e Projetos

No Museu acontecem os seguintes projetos:

  • Cineclube: O CineClube é um espaço de encontro entre pessoas comuns e a sétima arte, por isso tem sido um caminho escolhido para integrar os participantes com a produção cinematográfica produzida mundialmente, dando destaque aos filmes produzidos no Brasil . Dessa forma articulamos cinema, poesia e música a uma reflexão relacionada ao patrimônio, às vivências na cidade e à defesa da vida humana.
  • Formação Continuada: compreende a formação continuada dos professores como processo marcado pela mediação das experiências e conhecimentos produzidos no fazer da escola, da comunidade local e da ciência, seja ela operada pelos educadores, pelos estudantes ou ainda, talhada pelos saberes tradicionais e populares.
  • Jovens Agentes do Patrimônio: Na experiência pedagógica do Programa que reúne semanalmente jovens entre 12 e 18 anos, para todos os assuntos a serem conversados, aprendidos, desaprendidos, atualizados, procuramos o compasso do movimento que se manifesta destes: seus corpos, suas vozes, seus silêncios, seus sonhos, seus posicionamentos diante de si mesmos e do outro. A construção de um currículo que deseja guardar tantas vozes e imaginários tem sido possibilitada por recursos vindos de financiamentos-patrocínios, a partir de inscrição e aprovação em editais públicos.
  • Mulheres Artesãs: O grupo que se reúne semanalmente no Museu Vivo do São Bento é composto por mulheres artistas-artesãs. Elas veem do São Bento, da Vila Rosário, do Pantanal, da Vila Santo Antônio… Cada uma delas traz consigo saberes ancestrais e imaginários de liberdade que simbolicamente tornam-se possíveis através da arte. Através de múltiplas linguagens e sabores, numa ambiência afetiva e reflexiva, elas ensinam e aprendem, trocam e destrocam, acumulam e desapegam, insistem e desistem, experimentam a arte no mistério, nas conversas, nos desejos, na dúvida, nas diferenças, no coletivo.
  • Quintais Culturais: No solo de férteis encontros, as trocas de saberes sobre cultivo orgânico se deram na construção do Jardim Produtivo Experimental no Museu Vivo do São Bento. Neste processo, germinou a primeira semente: a criação de uma horta agroecológica no quintal de um dos jovens, levando saberes e sabores para sua família.

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Horário de Funcionamento Museu Vivo do São Bento em Duque de Caxias

  • Segunda a Sexta das 09h às 17h

Endereço e Telefone Museu Vivo do São Bento em Duque de Caxias

  • R. Benjamin da Rocha Júnior, s/n – São Bento – Duque de Caxias – RJ
  • Telefone: (21) 2653-7681

Outras informações e site

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